quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O CAMINHO DOS INCAS: Humahuaca - Purmamarca - Tilcara

      Manhã do dia 06 janeiro, e partimos a caminho de Tilcara, estamos subindo cada vez mais, a impressão que tínhamos era de que a qualquer momento iríamos tocar o céu. No caminho várias paradas para fotografar as montanhas mais belas da América Latina. Nossa primeira parada foi  no Centro de Visitantes Quebrada de Humahuaca, no distrito de Volcan. O nome é uma referencia a um vulcão ali localizado que no momento encontra-se extinto
           Neste centro, auxiliado pelo governo argentino e administrado pelos descendentes indígenas, foi possível conhecer os primeiros trabalhos artesanais dos remanescentes Incas, assim como, painéis que reproduzem a história dos primeiros nativos da região.  Os povoados índios da zona conservam crenças religiosas, ritos, festas, arte, música e técnicas agrícolas que são um patrimônio viviente, razão importante para que fosse nomeada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO no ano de 2003.
           A partir deste ponto, nossa expedição inicia o seu trabalho de campo, visando seguir as heranças da civilização Inca. 



















No Brasil, é possivel encontrar milhos apenas na cor amarela ouro. No norte da Argentina encontramos uma diversidade de milhos de diversos tamnhos e cores.





                                                banheiro masculino





                      Depois de passar pelo centro histórico de Humahuca, continuamos a subir. Tamanha a imensidão de belezas, entramos em transe ao vislumbrar a imensidão de belas montanhas que abriam nossos caminhos. Durante o percurso cruzamos, mais um vez, com carros e equipes do Dakar Argentina - Chile.









                  Nossa segunda parada foi em Purmamarca, região belíssima, onde a cultura Inca se faz presente em cada casa, rua e principalmente nos habitantes. Resolvemos parar  e tirar  fotos das montanhas. Depois de um pequeno caminho montanha a cima, do alto, foi possível visualizar a região de Purmamarca e vislumbrar a maravilhosa “Sierra de La Sete Colores”.  

  


O que alimenta os rios desta região, são as chuvas e geleiras. Infelizmente no momenrto de nossa visita o que deveria ser um rio largo e forte, encontramos apenas um pequeno córrego sem nenhuma força.

No canto da boca, "folhas de coca" para manizar os efeitos da altitude acima de 2000 metros acima do mar.
      












                     Ao descer, encontramos com três brasileiros de Porto Alegre, estes, estavam a caminho do Chile montados em suas motocicletas. Depois de uma rápida conversa, Christian lhes prestou auxílio para conseguir combustível, nos despedimos e continuamos nosso caminho.   














    É quase impossivel de enxergar. Caminhando em passos firmes, um rebanho de cabras percorrendo as montanhas de pedras!




Chegamos a Tilcara  no final da tarde. Nossa nova casa era um camping bem estruturado, com uma vista deslumbrante. Para onde olhávamos era possível se encantar com as montanhas que nos cercavam. Quando chegamos o céu era azul e o sol brilhava, em seguida fomos surpreendidos com uma mudança brusca de temperatura onde a possibilidade de chuva era real.  Montamos nossas barracas as pressas, em meio a argentinos, franceses e ingleses, boa parte destes, mochileiros de primeira e segunda viagem. Em comum, tínhamos o desejo de novas aventuras.
 Em Tilcara, nosso cotidiano foi alterado, no lugar de chicletes e balas de gengibre, passamos a mascar folhas de coca para amenizar os efeitos da altitude de 2.461 metros. A cada caminhada, os efeitos se fazem presente cada vez mais, dores de cabeça, falta de ar, náuseas e cansaço com o mínimo esforço.
Bievenidos a TILCARA!
     



   











           Em Tilcara, vivenciamos as mudanças bruscas de temperaturas, durante o dia, céu azul e sol muito forte e a noite, muito frio. O clima é seco e o vento constante.
             O comércio de artigos artesanais pode ser encontrado na plaza central de Los Pilos. Nesta mesma praça existe um número significativo de bares e restaurantes que entre outros, é possível saborear a culinária local.
             A região é ponto de parada para viajantes de todos os tipos e nacionalidades. Aqui, continuamos a ser bem recebidos, por locais e estrangeiros. Passeando pela cidade, encontramos Yury, brasileiro, da cidade de São Paulo, que ao saber que éramos de Campos do Goytacazes, nos perguntou se conhecíamos uma amiga sua que estava morando em Campos. Por coincidência, Romualdo a conhecia, seu nome Daniela Passos, produtora cultural e proprietária do Hotel Amazonas em Campos. O Mundo é pequeno!

Yuri e Romualdo: brasileiros em Tilcara.

O Blindado!

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